O Place branding, a Estratégia e o Ayurveda tem algo em comum. E o Design Integrativo é o que dá sentido e conecta estes pontos - uma intersecção entre AMBIENTE, PESSOAS e NEGÓCIOS, desde pequenos projetos a grandes transformações.
Trabalho com marcas, negócios e projetos que façam sentido para pessoas e sociedade e que tenham feat com o universo ao meu redor. Minha vida é integrativa: exerço diversos papeis, conecto valores, vontades e crenças. Tenho a energia do fazer. Uma inquietude que consome meu corpo e me dá impulso para criar, produzir, viver.
Neste sentido, trazer o conceito de Design Integrativo como espinha dorsal do meu trabalho não foi aleatório. Percebi o quanto um o percentual significativo das minhas experiências, tanto pessoais quanto profissionais estavam integradas. O olhar integrativo é vivo no meu dia a dia e promove qualidade de vida. A partir do momento em que descobri que ele pode influenciar em tomadas de decisão, sejam elas num âmbito micro ou macro, identifiquei que este era o caminho para soluções complexas no mercado. No entanto, para que funcione, é necessário ter a mente aberta para novas possibilidades, e porque não?
Para contextualizar o conceito de Design Integrativo, trago dois exemplos de projetos realizados por mim, que impactam experiências integradas:
1. A construção do Place Branding da Praça Maurício Cardoso.
Tudo começa com uma pergunta: como podemos reunir projetos que tragam impacto para um espaço de convivência?
Desde que fiz mestrado em arquitetura, lá em 2010, tenho interesse no uso do espaço urbano. Com uma dissertação que discorreu sobre a influência do ambiente digital para uma reapropriação do espaço urbano, pude conhecer a história do urbanismo e sua real importância para o bem estar nas cidades.
Dez anos depois, quando fui convidada a participar da equipe de projeto que tinha o objetivo de viabilizar a sustentabilidade financeira da Praça Maurício Cardoso, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, meus olhos brilharam. Nossa estratégia como equipe, após algumas tentativas, foi construir um local que despertasse interesse da comunidade, para instigar a vontade de contribuir, de maneira genuína. Um crescimento orgânico que se daria a partir do uso da Praça pelas famílias vizinhas.
Fazendo uso do conceito de place branding trabalhamos para criar uma identidade cultural da praça, a fim de estimular o orgulho dos moradores, fomentar o comércio local, aproximar a vizinhança e melhorar a qualidade de vida dos vizinhos, proporcionando um ambiente seguro e limpo. Com esse trabalho reconstruímos a reputação da praça, atraindo mais doadores e parceiros. Empresas importantes para o cenário do bairro estão conosco, como a Wolens Incorporadora, a Unimed e a Associação Leopoldina Juvenil.
A Praça Maurício Cardoso além de ter uma memória afetiva, lembrando a minha infância, faz parte do percurso que faço com meus filhos, aos quais ensino a caminhar e a “bicicletear” pela cidade.
2. Estilo de Vida do Futuro: baralho de receitas saudáveis
Tudo começa com uma pergunta: o que vou comer hoje e o que isso impacta no mundo?
70.3, Miami, 2013, uma prova de triathlon cuja distância é a metade de um Ironman. Eu estava envolvida com o Ayurveda, curtindo uma alimentação super saudável e o Lucas treinando loucamente. Começamos o projeto de um blog, onde falávamos do universo do triathlon, dos treinos e do estilo de vida saudável, focado na alimentação.
Em seguida iniciamos juntos uma formação em Biopsicologia, em uma Ecovila no interior de São Paulo, chamada Instituto Visão Futuro. Depois de 4 temporadas de imersão, estudando medicina indiana e neurociência, a Ayurveda já tinha incorporado em mim. Eu tinha vontade de produzir algo a respeito e materializar de alguma forma esse conhecimento.
Foi aí que surgiu a ideia do baralho de receitas saudáveis, unindo design, ayurveda e estilo de vida. Cartinhas divertidas recheadas de conhecimento! Fizemos algum sucesso, fomos até capa da Revista Dona do Jornal Zero Hora (na época isso tinha mais glamour) e comercializamos em locais bacanas de Porto Alegre como Instituto Ling, a Loja Pandorga, Casa de La Madre.
Isso me faz pensar sobre produzir cada vez mais projetos com perguntas que estimulem a cultura de marca - impactando o negócio, as pessoas e os ambientes a sua volta.
Como fazer isso acontecer? Vamos conversar?
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